E-Mail

Redes


sábado, 27 de março de 2010

Ao contrário do que muitos ajuízam, o Movimento Fantasma não surgiu do “nada”. Foi muito circunspecto e frequentou várias acções de formação. Uma dessas formações foi ao abrigo das Novas Oportunidades, com um módulo denominado “Como aumentar a produtividade da Função Pública”. Foi um módulo particularmente enfadonho e extenso: teve a duração de 36 eternidades. Um dos capítulos da disciplina tinha como intuito descobrir “Como agilizar um serviço do Estado cujo director é pouco competente?”. A resposta até é simples: como não se pode despedir um funcionário público, promove-se o director dos serviços para um cargo com um nome muito pomposo (tipo: Presidente Conselheiro do Senado do Nada Para Fazer”. Principalmente, o novo ofício não deve exigir responsabilidades ou mestrias. Depois disso, nomeia-se uma pessoa efectivamente competente para a função. Problema resolvido.

Depois destas formações, o Movimento Fantasma tirou também o CAP, e está em condições de formar as mentes atormentadas do universo paralelo da dimensão qualquer menos enfezada. Assim, passamos a explicar o “porquê”, o que está por trás de algumas realidades que presentemente vivemos.

 

Constâncio

Ontem, finalmente, Vítor Constâncio foi finalmente nomeado Vice-Presidente do Banco Central Europeu. Foi uma vitória da diplomacia portuguesa. Mas… o que originou todo este processo? O Movimento Fantasma explica.

Na sequência dos recentes escândalos ligados à supervisão bancária, Constâncio foi acusado de incompetência por vários quadrantes políticos e económicos. Era necessário substituir o Governador do Banco de Portugal. Sendo Constâncio um funcionário público, demiti-lo estava fora de questão (em Portugal não se demitem funcionários públicos). Foi então que, como resultado de várias conversas em redes sociais, surgiu a possibilidade de mandar Vítor Constâncio para Vice-Presidente do Banco Central Europeu: um lugar com um nome muito pomposo, mas onde não vai ter quaisquer responsabilidades. Com este objectivo alcançado, falta agora apenas nomear uma personalidade efectivamente competente para a cadeira de Governador do Banco de Portugal.

E foi assim que tudo se passou.